sábado, 28 de setembro de 2019

Ficha de inscrição (por email ou olline) e normas para submissão de trabalho

Para participar do evento Seminário Corpo, Educação, Resistência e Movimentos Sociais Afro- Indígena na Amazônia será necessário acessar os documentos que estão disponíveis abaixo. Ficha de inscrição do vento:
Ficha de inscrição olline Documento normativo para participação em apresentação de trabalho oral:

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Comitê Científico

O evento tem como membros do comitê científico os professores:

COMITÊ CIENTÍFICO:
Drª Andrea Silva Domingues (PPGEDUC/UFPA)
Drª.  Beleni Salete Grando (PPGE/UFMT)
Drª. Benedita Celeste de Moraes Pinto (PPGEDUC/UFPA)
Drª. Candida Soares da Costa (PPGE/UFMT)
Dr. Doriedson do S. Rodrigues (PPGEDUC/UFPA)
Drª. Debora Raquel H. Massmann (PPGEDUC/UFPA)
Drª. Gilcilene Dias da Costa (PPGEDUC/UFPA)
Dr. Raimundo Nonato Assunção Viana (PGEEB/UFMA) 
Drª. Vilma Aparecida de Pinho (PPGEDUC/UFPA)
Ma. Maria da Guia Viana (UFMA)
Drª Marcia Nunes Marciel, Márcia Mura (Coletivo Mura Porto Velho)


Publico alvo e metodilogia do encontro

O evento está direcionado a participantes de movimentos sociais, pesquisadores, professores e alunos indígenas e quilombolas, e demais habitantes destas comunidades. O seminário consistirá em apresentação de palestras de professores convidados e roda de conversas, entre os participantes inscritos com apresentação de trabalhos, que serão aglutinados pelas temáticas problematizadas no evento.

Finalidade e pressupostos do evento

O evento está direcionado para discutir temáticas que tratam de questões relacionadas a corpo, educação, linguagens, resistências e movimentos sociais, visando a preocupação com traços culturais, educação interétnica e movimentos de resistência diante da paralização das demarcações de terras indígenas e quilombolas, além de refletir a respeito do modo como funcionam as relações sociais e históricas existentes, objetivando tornar visível a participação de homens e mulheres negras e indígenas de diferentes gerações. Assim como, incentivar a produção, divulgação e publicação de estudos acadêmicos, científicos e documentais que vem sendo realizados por professores e estudantes quilombolas e indígenas.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Local do evento



O local sediado para o evento Seminário Corpo, Educação, Resistências E Movimentos Sociais Afro – Indígenas na Amazônia será na Vila da Juaba, localizada na cidade de Cametá município do estado do Pará. A vila do Juaba é o maior distrito do município de Cametá - PA, possuindo o segundo maior colégio eleitoral do território cametaense. Sua origem é de um dos maiores Quilombos da região do Baixo Tocantins. Na região Tocantina, mais especificamente no município de Cametá, durante a segunda metade do século XVIII, foi construído o Quilombo do Mola, um dos mais importantes palcos de resistência negra no Baixo Tocantins (PINTO, 1995). Após a abolição da escravatura e com o êxodo do Quilombo do Mola surge a atual vila do Juaba, fundada no início do século XX nas margens do rio Tocantins.   
Portanto a vila  foi fundada em meados da década de 70, na margem esquerda do Rio Tocantins. Seu surgimento segundo Pinto (2012, p.102) deu-se após a abolição com o abandono do Quilombo do Mola por parte dos quilombolas. Trata-se de uma vila simples de extrema riqueza cultural que serviu de refúgio em tempos passados para os escravos em fugas.  
Com relação a dados estatísticos fatores demográficos fizeram com que a Vila do Juaba se expandisse, atualmente, segundo IBGE 2010, a vila possui uma  população de 14,772 mil habitantes, sendo 2.250 habitantes vivem na vila (zona urbana) e 12.522 residem na zona rural, tendo assim a população de 84,4% concentrada na área rural do distrito.
A Vila de Juaba possui uma cultura muito rica, tendo em vista o grande número de manifestações culturais antigas existentes ali, como por exemplo: O Bambaê do Rosário e Alvorada do Bambaê do Rosário; A Ladainha para santo; Boi Bumbá Campineiro; A bicharada do Juaba e o Samba de cacete, que é uma dança cultural originaria dessa vila, dança criada pelos quilombolas refugiados lá da escravidão dos engenhos de açúcar, na época da escravidão no Brasil. Os grupos históricos culturais desse distrito são muito ricos embora o descaso público desmotive-os. Suas ricas manifestações culturais vivem à beira da extinção pela falta de uma verdadeira política pública de conservação cultural e pelo escasso interesse das gerações mais novas em darem prosseguimento às tradições. 
Sendo assim essa simbólica localidade será palco para o evento que retrata justamente povos e comunidades que se intensificaram e apresentam características e  traços culturais indígenas e quilombolas. Da mesma forma, que servira de sedimento para discutir os reflexos das relações sociais e históricas existentes, objetivando tornar visível a participação de homens e mulheres negras e indígenas de diferentes gerações, partindo de suas  práticas culturais, como a culinária, as diferentes formas de lutas, modos de trabalhos, vestuários, tipos de pinturas, movimentações corporais, linguagens, danças, cantos, além de outros, exercem papéis fundamentais, podendo ser entendidas como processo de afirmação negra e indígena, que através de diferentes práticas reafirmam e posicionam experiências e formas de resistências, mas que se esvai, se esfacela, com perda do território, das terras destas populações.  


Localização da vila do Juaba-Cametá-PA
Mapa localização da vila de Juaba-Cametá/PA
FONTE: Google maps-2019